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A história das mulheres é uma história recente porque até a bem pouco tempo ela era somente uma representação do olhar masculino. Por esse motivo, para se falar em história política das mulheres ainda -é necessário desconstruir os papeis historicamente designados ao masculino e feminino. A história da repressão durante a ditadura militar brasileira também foi uma história de homens e as relações de gênero estavam aí excluídas.
Falar sobre mulheres significa falar das relações de poder entre homens e mulheres. Para identificá-las como sujeitos políticos é necessário analisar as intricadas ralações de gênero, de classe, de raça e de geração. É necessário falar também do desmerecimento feminino. Se, historicamente, o feminino é entendido como subalterno e analisado “fora da história”, porque sua presença não é registrada, libertar a história é falar de homens e mulheres numa relação igualitária. Falar de mulheres não é somente relatar os fatos em que elas estiveram presentes, mas é reconhecer o processo histórico de exclusão de sujeitos. Na esteira de Michel Foucault, é fazer uma arqueologia do feminino; desconstruir a história da história feminina para reconstruí-la em bases mais reais e igualitárias, analisar as práticas discursivas e não discursivas que representam o feminino. Para isso, a apresentação de algumas questões teóricas é fundamental no entendimento da análise do objeto de pesquisa. |
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